segunda-feira, 22 de abril de 2013

NOTURNOS DE SEGUNDA

             I

Um aperto no peito,
Que não tem jeito
E parece sufocar

Um vazio no aperto,
Que chega aos olhos
Dá vontade de chorar

Um choro quieto,
De quem quer abraço,
Empresta o seu braço
Pra eu me encostar?

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              II 

Uma cidade inteira
Ao meu redor
E eu me sinto tão só.
Com meus pensamentos,
Que não param de surgir.
Com meus entremeios,
Que me deixam sem dormir.

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             III

É como água turva,
Onde não se vê o fundo.
É como um poço longo,
Do tamanho desse mundo.
E como Alice eu vou,
Em vertiginosa queda,
Até chegar no cerne
Do que está dentro de mim.


sábado, 20 de abril de 2013

DEPOIS DA CURVA

"A curva dos meus problemas
acaba
Quando a curva do aterro
começa.

Em frente, só beleza.
Cidade e natureza."

quarta-feira, 3 de abril de 2013

FOTO-POEMA

Emoções-antigas
Velhos-sentimentos
                 Pensamentos-ultrapassados               
Angústia-empoeirada


quarta-feira, 13 de março de 2013


Fala de mim o que canto
Cada nota que sai muito diz
Canto o que corre nas veias
Canto pra ter diretriz

terça-feira, 12 de março de 2013

METRÔ 18:30

No aperto do trem
Cada um tenta ainda
Manter seu individual.
Em cada centímetro
Um mundo particular.

Ele ouve música,
Ela lê;
Eles conversam,
Alguém reclama;
Um dorme,
Outro sonha acordado...
Uma moça carrega flores,
E eu, escrevo.


domingo, 3 de março de 2013

NO ARPOADOR


Cada onda que bate
Traz uma história pra pedra

Cada buraco na pedra
Tem um pedaço da onda

Cada pedaço da pedra
Que a onda leva
Vira chão
No fundo do mar.



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Do amor 1


Amor de filme
Pode até encher os olhos
Mas não enche a alma.
Amor de verdade é como é
E não como deveria ser.